terça-feira, 28 de junho de 2011

Onça-pintada:

Onça-pintada
Onça-pintadaA onça-pintada (Panthera onca), também conhecida como jaguar ou jaguaretê é um grande felino, do gênero Panthera, e é a única espécie Panthera encontrado nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo após o tigre e o leão, e o maior do Hemisfério Ocidental.

Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Panthera
Espécie: P. onca

Nome binomial
Panthera onca
Linnaeus, 1758

Distribuição geográfica
██ Distribuição original ██ Distribuição actual
██ Distribuição original
██ Distribuição
Mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, é encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo da lingua guarani jaguarete.
Este felino manchado mais se assemelha ao leopardo fisicamente, embora seja geralmente maior e mais resistente. As características do seu comportamento e habitat são mais próximas às do tigre. Embora seu habitat preferido seja a densa floresta tropical, é também encontrado em uma variedade de terrenos abertos.
A onça pintada está fortemente associada com a presença de água e é notável, juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar. Anda em grande parte solitária, mas é oportunista na seleção de presas. É também um importante predador, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos,uma mordida fatal no cérebro.
Está quase ameaçada de extinção e seus número está em queda. As ameaças incluem a perda e fragmentação do seu habitat. Embora o comércio internacional de onças ou de suas partes esteja proibida, o felino ainda é frequentemente morto por seres humanos, particularmente em conflito com fazendeiros e agricultores. O felino tem sido largamente extinto nos Estados Unidos desde o início do século 20.
A onça fazia parte da mitologia de diversas culturas indígenas americanas, incluindo a dos maias, astecas e guarani. Na mitologia maia, apesar de ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.
 Características físicas:


Um exame mais detalhado mostra, contudo, que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio. O interior dessas manchas é de um dourado/amarelo mais escuro que o restante da pelagem. Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas onças-pretas. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.
A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 2,60 m de comprimento, chegando a pesar em torno de 115 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha é de aproximadamente 70 cm, sendo o maior felino das Américas.


A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas.
A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.
Apesar de ser tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.

Alimentação:
A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes como antas, capivaras, queixadas, tamanduás, jacarés etc. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jiboias e sucuris), em situações extremas. Na Venezuela foram registrados casos de onças a devorar sucuris adultas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. Esses felinos frequentemente matam animais como a capivara e pequenos macacos mordendo lhes o crânio, sendo o único felino a fazer isto. A mordida de uma onça pode facilmente atravessar o casco de uma tartaruga. Apesar disso, a onça não se furta em comer pequenos animais se a chance lhe aparece.
  

Reprodução

As onças-pintadas são solitárias e só buscam a companhia de um par durante a época de acasalamento. A gestação dura em média 100 dias e até quatro filhotes podem ser gerados.
Os machos atingem a maturidade sexual em torno dos três anos, e as fêmeas, com dois anos. Em cativeiro, as onças vivem até 20 anos; já a expectativa de vida para as onças selvagens cai pela metade.
Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral nascem, no interior de uma toca, dois filhotes - inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da reprodutora, tornando-se sexualmente maduros e podendo assim se reproduzirem.

Status de conservação

Atualmente, é classificada, pela IUCN, como quase ameaçada, indicando que pode estar em perigo num futuro próximo. O grande declínio do seu habitat no norte e a fragmentação nas outras regiões, contribuíram para o estado de ameaça iminente. Na década de 1960, houve uma diminuição significativa no número de indivíduos, pois anualmente mais de 15.000 peles foram exportadas ilegalmente da Amazônia Brasileira. A implementação do CITES, em 1973, resultou numa forte queda do comércio de peles. Estudos detalhados realizados pela Wildlife Conservation Society, mostraram que a espécie perdeu 37% da sua distribuição histórica, e possui um status de conservação desconhecido em 17% do seu habitat atual. Mais encorajador, a probabilidade de sobrevivência a longo prazo é considerada alta em 70% de seu habitat, notadamente nas regiões da Amazônia, do Gran Chaco e do Pantanal. As maiores ameaças ao jaguar são o desmatamento por todo seu habitat, a caça pela pele, a fragmentação dos habitats e o comportamento dos pecuaristas, que frequentemente caçam ou envenenaram as onças-pintadas para tentar proteger o gado.

Na mitologia e na cultura

América pré-colombiana


Na América Central pré-colombiana e América do Sul, a onça tem sido um símbolo de poder e força. Entre as culturas andinas, um culto ao jaguar disseminada pela cultura Chavín passaram a ser aceitos na maior parte do que é hoje o Peru em 900 aC. A cultura Moche do norte do Peru utilizava a onça como símbolo de poder em muitas das suas cerâmicas. Na Mesoamérica, a cultura Olmeca, precoce e influentes da região da Costa do Golfo aproximadamente contemporâneo com a cultura Chavín, desenvolveu um distinto "jaguar-homem" motivo de esculturas e figuras que mostram onças estilizadas ou seres humanos com características de onça. Na civilização maia, acreditava-se que a onça-pintada facilitava a comunicação entre os vivos e os mortos e para proteger a família real. Os maias viam esses felinos poderosos como os seus companheiros no mundo espiritual, e uma série de governantes maias tinham nomes que incorporou a palavra maia para a onça-pintada (b'alam em muitas das línguas maias). A civilização asteca compartilhou essa imagem do jaguar, como representante do governador e, como um guerreiro. Os astecas formaram uma classe de guerreiros de elite conhecido como os Cavaleiros Jaguar. Na mitologia asteca, a onça-pintada foi considerado o animal totêmico do poderoso deus Tezcatlipoca.

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